Revista Gina

Fiquei deveras surpreendido quando descobri, aqui há dias, que ele há gente que não sabe o que era a Revista Gina.

Fiz uma busca na net e descobri (curiosamente foi através de um fórum da AutoHoje online) que o Correio da Manhã fez uma pequena reportagem sobre esta revista a 4 de Maio de 2008.

Aqui ao lado, acima, reproduzo a capa do Número 91.

Um pormenor curioso desta revista era ter sempre a contracapa a preto, sem qualquer referência ou sequer publicidade. Desta forma, uma vez enrolada, ninguém sabia o que se levava na mão…

Convém notar que a Gina não era apenas uma revista com fotos pornográficas explícitas mas sem qualquer contexto. Nada disso. A Gina tinha histórias. Sim, leram bem, histórias! A Gina seguia o formato das foto-novelas, muito em voga nos anos 70, em que uma história era contada, tal como numa BD, mas em que, em vez de desenhos se usavam fotografias, nas quais depois eram apostos os balões com os diálogos.

Convém talvez lembrar que nos anos 70 ainda não havia vídeos e muito menos internet!…

Na Holanda, a Biblioteca Nacional guarda um exemplar digitalizado da cada número de todas as publicações nacionais editadas em papel, seja de que tipo forem!

Por cá, se não formos nós a pôr a mão nisto, a Revista Gina é um marco cultural que se pode vir a perder.

Mr. Gordon Brown AKA Mr. Gordo’n K. Brown!

Mr. Gordon Brown, you should be ashamed of your words and your attitude on the matter of the Portuguese workers who were forced to leave the UK and comeback home this week!

Since the only thing that seems to upset you are the cartoons depicting you as being FAT, here’s one for you to appreciate and a new nick for posterity… Mr. Gordo’n K. Brown!

Resposta a José António Saraiva

Caro José A. Saraiva,

Acima de tudo, tenho de dizer-lhe que apreciei sobre-
maneira a sua fronta-
lidade e a honesti-
dade da sua resposta.

É evidente que não posso deixar de concordar que haverá casos em que os “deslubramentos prematuros” levam a “descarrilamentos”. Mas nem sempre.

No entanto, o facto de haver a possibilidade dos tais deslumbramentos, não me faz, de maneira alguma concordar consigo no que toca a avaliações.

Devo dizer que, numa altura em que se fala tanto de avaliações, não deixa de ser curioso que a sua opinião me leve a pensar que, de facto, exceptuando as gentes ligadas à Indústria Automóvel e à Àrea da Consultadoria e que já estão habituadas a lidar com Avaliações há já longos anos, quase toda o resto das pessoas com quem falo desse tema tem conceitos e ideias tão díspares (e às vezes tão erradas) sobre esse tema apenas por uma questão, suponho, de falta de hábito em lidar com isso.

Faz-me pensar que é uma área que poderá e será certamente explorada, num futuro muito próximo, por Empresas da Área da Formação.

Avaliar o trabalho de um jornalista é algo muito subjectivo? Então e qualquer outra profissão?

A chave para uma avaliação correcta é a fase em que se estabelecem os Objectivos. Se essa fase for bem feita, deixa de haver lugar para grandes margens de subjectividade face ao Desempenho do Avaliando.

Sendo os Objectivos traçados conjuntamente pelo Avaliador e pelo Avaliado, onde conseguiria o José Saraiva encaixar o “factor de correcção da avaliação” devido à idade? Em lado nenhum.

Só para terminar e para lhe mostrar que um excelente desempenho em idade precoce não leva sempre ao “deslumbramento”, dou-lhe um exemplo na área do desporto: Valentino Rossi.

Valentino Rossi foi Campeão Mundial nas categorias de 125cc em 1997 (tendo sido o piloto mais novo de sempre a alcnçar um título mundial), 250cc em 1999, 500cc em 2001, MotoGP em 2002, 2003, 2004, 2005 e 2008.

O Valentino nunca até agora perdeu a motivação. Podia, é certo, ter-se deslumbrado pelo meio do caminho, dado que o sucesso bateu bem cedo à sua porta, mas isso não aconteceu.

Ainda bem que o Motociclismo não é uma modalidade sujeita a avaliações como a patinagem artística ou a ginástica, por exemplo, senão, quem sabe, podia ter-lhe aparecido algum avaliador preocupado com o seu futuro…

Resposta de José António Saraiva

Caro leitor,

Agradeço o seu e-mail. Quanto ao fundo da questão, é evidente que não é bom para a carreira de um jovem ganhar aos 23 anos tudo o que há para conquistar. É a isso que se chama a ‘gestão de carreiras’. Nos jornais que dirigi (ou dirijo) sempre procurei dosear os prémios de acordo com a idade da pessoa, para evitar os deslumbramentos prematuros – que muitas vezes conduzem a descarrilamentos. Quantas vezes não assistimos a jovens que se perdem porque chegaram cedo demais ao estrelato – ou porque a sua vida foi mediatizada em excesso?

Com amigos cumprimentos

José António Saraiva