Ao contemplar esta bela estátua, na fonte da Piazza Maggiore, em Bologna, vem-me à memória uma passagem do livro A Mão de Fátima de Ildefonso Falcones.
“Brahim despiu a rapariga com os olhos enquanto esta lhe levava água; o almocreve manteve o copo junto ao seu corpo, sem estender o braço, para que a jovem tivesse de se aproximar dele e, assim, poder tocar na sua pele.
Hernando surpreendeu-se, sustendo a respiração ao observar como Fátima tentava não tocar em Brahim. O que pretendia o seu padrasto? Pelo canto do olho, acreditou ver como Aisha abanava o cabaz de Humam com um dos pés: o menino desatou a chorar.
– Tenho de lhe dar de mamar – desculpou-se Fátima, abalada.
O almocreve perseguiu-a com o olhar, tremendo ao pensar naqueles seios de menina, transbordantes de leite.”