A favor de fazer a ponte no Carnaval

Quando abri o CM online de hoje, tive a rara oportunidade de ver uma boa notícia!
Mais adiante, o CM entrevistava  Glayce Bernardo, “brasileira de 28 anos que reside há dois anos e meio na vila de Sesimbra”.
A Glayce pareceu-nos imediatamente uma boa rapariga e por isso decidimos saber mais sobre ela.
Fomos até ao facebook e descobrimos que a Glayce festejou o Carnaval no Domingo, como manda o Passos Coelho mas… a Glayce, ao contrário das indicações do nosso Primeiro Ministro, faz a ponte!
E foi depois de ver a Glayce a fazer a ponte que eu mudei de ideias. A partir de agora sou a favor de que se faça a ponte, sempre que for possível. Ponte no Carnaval, ponte na Páscoa, ponte no Natal, ponte em todas as ocasiões do ano!
Acho que até se devia fazer a ponte umas quantas vezes por ano, mesmo quando não há dia Feriado no dia a seguir!!!

Sobre o Acordo Ortográfico do Dr. João Malaca Casteleiro

– Para que queres tu esse dinheiro? – perguntou-lhe João, já agastado.
– Para… para com isso e dá-me o dinheiro! – balbuciou Sofia


Após ler o diálogo acima, escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico do Dr. João Malaca Casteleiro, gostaria de vos perguntar o que disse Sofia quando começou a falar?
 
 Ia começar a explicar para que era o dinheiro, arrependendo-se depois? Ou pediu a João para parar, repetindo o pedido?

A mesma frase, escrita antes do Acordo Ortográfico, tem duas versões possíveis:


– Para… pára com isso e dá-me o dinheiro! – balbuciou Sofia

– Pára… pára com isso e dá-me o dinheiro! – balbuciou Sofia 

Mas… não era suposto o Acordo trazer mais clareza?


Não era suposto o Acordo optimizar, perdão otimizar – e eu que as vezes até pronunciava este p (!) – enfim, facilitar
a leitura e interpretação de um texto?


Muita gente fala do Acordo como se este se resumisse à eliminação das consoantes mudas, mas parecem esquecer que há mais nele do que “apenas” isso!…
 

Mas já que falamos das consoantes mudas, reparem nas palavras correcto e carreto: correcto passa a correto. Em palavras practicamente (perdão, praticamente) iguais, passamos a ter a mesma letra lida como “é” e como “ê”… e querem convencer-me que o “c” mudo não faz falta?…
 
Como é que se vai explicar a um miúdo na instrução primária porque é que aquele “e” de correto se lê de uma maneira e o “e” de carreto se lê de outra?

E já agora, porque raio é que os meses se passam a escrever com letra minúscula? Convém lembrar que o nome de alguns meses tem a sua origem nos nomes de deuses: Janeiro de Janus e Março de Marte, só para citar dois exemplos.

Alguém me consegue explicar porque é que esses deuses se vêem agora “reduzidos”? Herdámos a cultura romana para agora a desprezarmos?

Só para acabar; se estão com pressa, leram isto tudo a contra-relógio mas no futuro será… a contrarrelógio. Tirou-se o hífen… “complicando” a palavra. Porquê?

Não sei, se calhar estou a ser um perfeccionista, mas vá lá que ainda posso continuar a pôr os dois cês no perfeccionismo!…

Jean-Gabriel Domergue

Hoje de manhã, abri um email da Live Auctioneers com o anúncio de um leilão onde me chamou a atenção uma pintura de Jean-Gabriel Domergue (1889 – 1962).

Confesso que desconhecia Jean-Gabriel Domergue. Por isso, curioso, resolvi pesquisar um pouco sobre este pintor.

A informação da Wikipedia é algo escassa, mas remete-nos para um site interessante onde podemos apreciar algumas das suas obras, em fotos com alta definição. Para uma visualização mais rápida e mais abrangente, temos sempre o google, claro. 
É-lhe atribuída a frase “Eu inventei a pin-up” e, de facto, os seus quadros representam mulheres que são “bonecos” – ninguém tem pescoços tão compridos! – seguramente mais bonitas e sensuais do que seriam os modelos reais, o que é afinal o que caracteriza uma pin-up.

Aqui no Muito suave, ficámos fãs do Jean-Gabriel Domergue!

Corvette, praias da California e bikinis

Há objectos cuja contemplação nos leva imediatamente para dentro de um filme.
Um filme que pode nunca ter sido feito, mas que se passaria na California.

Um filme que teria uma cena em que o herói – nós próprios, claro – a dada altura, depois de uma cena dramática, guiaríamos uns minutos até um estacionamento à beira da praia.

Aí, depois de parar, o herói ficaria a ver o mar.

Minutos antes, alguém lhe tinha apontado uma pistola. Ele teve de sacar da arma.

Será que podia ter evitado atirar a matar? Talvez, pensou, enquanto puxava de um Lucky Strike.

Desligou o carro. Vroooop…

Ao fundo, um magnífico pôr-do-sol.

Na praia estavam algumas raparigas de bikini.
Uma delas olhou para o carro acabado de chegar, apreciando primeiro o carro, e depois o condutor.
A rapariga caminhou na direcção do estacionamento, olhando agora para o condutor e sorrindo, atrevida. A coisa prometia…

O carro, como não podia deixar de ser, era o seu Corvette vermelho.

Será que é hoje?

Eh pá… hoje vou arrear-me à maneira e vou passear por aí, como quem não quer a coisa… e às tantas inda sou topado pelo Alfaiate Lisboeta!…
Se calha do gaijo meter lá a minha pelingrafia no belogue, eu não me chame Malaquias se não me enrosco com a gaija do 2º andar, que tem a mania das internetes “Ah, senhor Malaquias, veja lá se me ajuda aqui com o cabo do computador, que isto está tudo tremido…”.

Tá tremido, tá… O que tu queres sei eu!…