Mês: Fevereiro 2012
Sobre o Acordo Ortográfico do Dr. João Malaca Casteleiro
Após ler o diálogo acima, escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico do Dr. João Malaca Casteleiro, gostaria de vos perguntar o que disse Sofia quando começou a falar?
Ia começar a explicar para que era o dinheiro, arrependendo-se depois? Ou pediu a João para parar, repetindo o pedido?
– Para… pára com isso e dá-me o dinheiro! – balbuciou Sofia
– Pára… pára com isso e dá-me o dinheiro! – balbuciou Sofia
Não era suposto o Acordo optimizar, perdão otimizar – e eu que as vezes até pronunciava este p (!) – enfim, facilitar a leitura e interpretação de um texto?
Muita gente fala do Acordo como se este se resumisse à eliminação das consoantes mudas, mas parecem esquecer que há mais nele do que “apenas” isso!…
Mas já que falamos das consoantes mudas, reparem nas palavras correcto e carreto: correcto passa a correto. Em palavras practicamente (perdão, praticamente) iguais, passamos a ter a mesma letra lida como “é” e como “ê”… e querem convencer-me que o “c” mudo não faz falta?…
Como é que se vai explicar a um miúdo na instrução primária porque é que aquele “e” de correto se lê de uma maneira e o “e” de carreto se lê de outra?
E já agora, porque raio é que os meses se passam a escrever com letra minúscula? Convém lembrar que o nome de alguns meses tem a sua origem nos nomes de deuses: Janeiro de Janus e Março de Marte, só para citar dois exemplos.
Alguém me consegue explicar porque é que esses deuses se vêem agora “reduzidos”? Herdámos a cultura romana para agora a desprezarmos?
Só para acabar; se estão com pressa, leram isto tudo a contra-relógio mas no futuro será… a contrarrelógio. Tirou-se o hífen… “complicando” a palavra. Porquê?
Não sei, se calhar estou a ser um perfeccionista, mas vá lá que ainda posso continuar a pôr os dois cês no perfeccionismo!…
Jean-Gabriel Domergue
Corvette, praias da California e bikinis
Um filme que teria uma cena em que o herói – nós próprios, claro – a dada altura, depois de uma cena dramática, guiaríamos uns minutos até um estacionamento à beira da praia.
Minutos antes, alguém lhe tinha apontado uma pistola. Ele teve de sacar da arma.
Será que podia ter evitado atirar a matar? Talvez, pensou, enquanto puxava de um Lucky Strike.
Será que é hoje?
Tá tremido, tá… O que tu queres sei eu!…