Pot-pourri de Verão 8 – Toda a verdade

Já em final de férias, dou por mim a olhar para a capa da revista ¡HOLA!  onde o Príncipe Felipe e a Princesa Letizia aparecem, com ar razoavelmente feliz, numa foto tirada durante a sua estadia de férias em Maiorca.

A revista espanhola fala desse dia mencionando a “Divertida excursión con Leonor y Sofía en el tren de Sóller”.

Em contraste com o filme cor-de-rosa que nos tenta impingir a imprensa espanhola, valha-nos a portuguesa Lux, que repõe a verdade!

A Lux, embora apresentando na capa uma foto em que Felipe e Letizia aparecem ainda mais sorridentes que na ¡HOLA!, diz-nos, sem qualquer condescendência que estas foram umas “Férias polémicas” e acrescenta “Escândalos do Rei e de Iñaki ensombram os dias de Felipe e Letizia em Maiorca”.

Jornalistas espanhóis vendidos dum raio, sempre a dar uma engraxadela à realeza… Pensavam que nos enganavam, hein?!…

Pot-pourri de Verão 6 – A bebida do bronze

Andei semanas a fio a olhar para esta miúda, que me prometia um bronze de fazer inveja: bastava que eu bebesse o… Sunlover.

A rapariga já estava bronzeada desde o início de Julho… e eu fiquei convencido!

Assim que cheguei ao Algarve, tratei de procurar a poção milagrosa que me ia fazer apanhar um bronze de fazer inveja a qualquer um.

Bebi uma lata… e nada! Nem uma corzinha!!!

Lembrei-me de ler o rótulo e tudo ficou mais claro. Aquela latinha de 250 ml pela qual eu tinha desembolsado 2 Euros num supermercado, continha afinal, tão só e apenas…

… sumo de cenoura!!!

Eh pá, desculpem lá mas, sumo por sumo, prefiro continuar a beber… de cevada!… Sai mais uma imperial!!!…

Pot-pourri de Verão 5 – O passarinho vistoso e as ruínas romanas de Alvor

Num dia menos apetecível para a praia, metemo-nos à estrada e, a seguir ao Alvor, seguimos  pela 125 na direcção de Lagos, para explorar um pouco.

A dada altura, reparo num sinal que indica Ruínas romanas. Já ali passei dezenas de vezes e nunca  reparei naquilo!… Volto para trás e meto pelo caminho indicado.

Sigo devagar, porque o caminho tem alguns buracos e, por ir devagar, reparo nuns pássaros pousados numa linha telefónica. Fiquei deslumbrado porque nunca tinha visto uma ave tão bonita, com tantas cores.

Tirei algumas fotos, entusiasmado: pensei que tinha avistado uma raridade! Afinal, após alguma investigação, descobri que é um pássaro comum naquela zona, nesta época: um abelharuco.

Segui o caminho e chegámos às Ruínas Romanas da Abicada. As ruínas propriamente ditas não são muito impressionantes… mas valeu a pena ter ido até ali: a paisagem da Ria de Alvor é deslumbrante!!!

Ria de Alvor

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Pot-pourri de Verão 4 – A grande fuga

A praia fica subitamente em reboliço.

Os vendedores africanos, que costumam passar calmamente com as suas montras de óculos de sol, bolsas “de marca” ou estatuetas africanas, aparecem todos de repente, passando a correr à minha frente, da esquerda para a direita.

Pouco depois aparece um polícia, em passo acelerado, que os segue lá em baixo, junto à água. Levanto-me e vejo que as linhas de fuga possíveis, lá em cima, estão cortadas por outros agentes. É uma operação “em grande”.

Os vendedores vão sendo encurralados, ao fundo da praia, sem fuga possível.

Leio no dia seguinte que foram autuados cerca de 70, uns por falta de licença outros pela venda de produtos contrafeitos.

Um miúdo, já habituado a ver estes vendedores, ficou preocupado: “Pai, o que é que vai acontecer aos senhores vendedores?” e o pai, para lhe aliviar a angústia: “Não te preocupes, pagam uma multazita e amanhã já cá estão todos outra vez”.

É um miúdo, mas já olhou para a cara dos vendedores, quando eles passam por ali e percebe que são pessoas que têm uma vida difícil, a palmilhar a praia todos os dias, com o sol a escaldar…

Pot-pourri de Verão 3 – O cavalo

No caminho que faço a pé diariamente até à Praia da Rocha, cruzo-me com um pequeno cavalo, daqueles de meter a moeda, para os miúdos.

Ver as crianças, felizes na sua cavalgada, faz-me sorrir.

Lembro-me de quando era miúdo – tinha uns cinco ou seis anos – e os meus pais me levavam, de vez em quando, à Feira Popular e havia lá um espaço que eu adorava, que tinha uns três ou quatro cavalos, e outras tantas motas.

Eu optava sempre por uma mota. Acelerava por uma estrada imaginária e até parecia que sentia o vento na cara.

Naquela altura tínhamos liberdade para andar de bicicleta sozinhos na rua – ainda não havia medo de raptos – mas, apesar das voltas de bicla, aquelas motas, talvez por causa do barulho, é que me davam mesmo a sensação de andar de moto “a sério”.

E foi aí que eu decidi que um dia havia de ter uma mota! Mota que acabei por ter… uns bons anos mais tarde.

Outros optavam pelos cavalos, e alguns… ficaram agarrados ao cavalo.

Agora que olho para o cavalo no caminho para a praia com mais atenção, então não é que o sacana do cavalo está a tentar vender CRACK aos putos?!

Pot-pourri de Verão 2 – Conflitos em Aleppo, Síria, Bashar al-Assad

Mesmo durante as férias, vou seguindo a actualidade nos noticiários da TV. Aparecem diariamente notícias sobre os conflitos em Aleppo, na Síria e as declarações do Presidente Sírio, Bashar al-Assad.

São mostradas fotografias de Bashar al-Assad e começo a reparar numa certa semelhança entre ele e… Felipe de Bourbon!

Será que um dia, o Rei Juan Carlos, durante uma visita à Síria…

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Pot-pourri de Verão 1 – A Moreia (cont.)

Este Verão fui dar um passeio até Vila do Bispo e, como não podia deixar de ser, acabei no Restaurante Ribeira do Poço.

Pedi uns perceves, que estavam óptimos, umas lapas na chapa, também muito boas, uns mexilhões à espanhola e… um clássico algarvio: a moreia frita.

Para quem não sabe, a moreia frita faz-se escalando o peixe, salgando-o e pondo-o depois a secar de um dia para o outro. Para esticar o peixe usam-se uns pedaços de cana, cortados em bico nas extremidades, que se prendem na pele do bicho. Convém também untar com azeite, para evitar que as moscas varejeiras pousem e ponham ovos.

Depois, é só cortar em tiras finas e fritar. Um verdadeiro petisco.

Quase tudo isto já eu sabia, mas nunca tinha tentado fazer em casa e este ano, deu-me para aí.

O mais giro foi ver os olhares de espanto dos vizinhos da frente, quando viram o bicharoco pendurado…