Passeando por Lisboa – Cricket no Parque Eduardo VII

No início de Janeiro, durante um passeio matinal em que passei pelo Parque Eduardo VII, fui surpreendido por um animado grupo – indianos? paquistaneses? bengalis? – disputando uma partida de Cricket.
Após fazer alguma pesquisa, descobri que desde há duzentos e poucos anos que se pratica cricket em Portugal, tendo este jogo sido introduzido no nosso País pelas tropas do Duque de Wellington.
Há mesmo um derbi Porto – Lisboa que é disputado desde… 1861 !!!
Dito isto, a verdade é que nunca tinha visto jogar cricket ao vivo e assim, acabei por ficar ali um bom bocado, aproveitando para descansar e apreciando a jogatana.

To be quite honest, it’s not really my cup of tea…

Como vender champô à conta de um tipo assassinado a golpes de saca-rolhas

Hoje, ao passear por Lisboa, reparei nalguns placards com publicidade ao champô Garnier Fructis.
O cartaz em questão é uma composição na qual aparece esta foto, que também pode ser vista no site da Garnier.

Por alguma razão, o meu olhar foi imediatamente atraído pela imagem, como se houvesse qualquer coisa ali que chama à atenção. Qualquer coisa que me fez ter uma estranha sensação de déjá vu…

E de repente, fez-se luz. A imagem tinha-me feito lembrar essa outra imagem, repetida mil vezes nos noticiários durante Janeiro deste ano. Aquela, agora famosa foto, do Renato Seabra no ar.

Coincidência? Não creio… Custa-me a acreditar que durante a preparação da campanha e, mais tarde durante a sua apresentação, ninguém tenha reparado naquilo que eu reparei num primeiro olhar!

Agora, consigo é imaginar, com bastante facilidade até, um publicitário a dizer para outro: Olha lá, já viste isto? O Renato Seabra ainda está preso em New York e a malta, mesmo assim, conseguiu pôr o gajo a ajudar-nos a vender champô. Eh pá, não achas genial?!

O egípcio e o seu gato

O egípcio apanhava um peixe e dava ao gato.
Apanhava outro peixe e dava ao gato.
O gato pensava: tenho melhor dono do Mundo!
Um dia, quando menos esperava, o dono matou-o e serviu-o em sua casa, dizendo que era coelho.
O gato devia ter desconfiado quando o dono, em vez de Tarek, lhe começou a chamar… Mubarak!

Alexandria. 22.Janeiro.2011. Foto by Juba.

Criando recordações

Olhei para estes dois e pensei na minha própria infância. São momentos simples, como este, que forjam a cumplicidade de um pai e de um filho. Momentos que, mais tarde, nos fazem pensar como eram boas as coisas simples: estar à espera que o peixe picasse, dar bocados de pão aos patos, comer um gelado no Verão… enfim, pequenas coisas, que na altura eram nada e eram tudo, e que nos sabe bem reviver, ainda que apenas na memória.
Recordar não é tudo, mas é bom. Ainda que, junto com as recordações, venha também a mágoa da perda daqueles que amámos.