Os meus Conteúdos são questionáveis

Hoje, ao entrar aqui no Muito suave, dei com um “Aviso sobre conteúdos”.
Este aviso diz que “alguns leitores deste blogue contactaram a Google porque consideram o conteúdo deste blogue questionável”.
Fiquei surpreendido, confesso. Nunca pensei que aterrasse por aqui um moralista e que, depois de ler um post, ficasse com ganas de passar uma borracha por cima dos meus escritos.
Lembrei-me de imediato das palavra do escritor Luis Pacheco, numa resposta a quem o acusava de não querer publicar “[…] que sou um escritor maldito porque quero, meto ora sexo, ora cona, que isto é assim de propósito, fito meu em não sair a público” [Memorando, p.110].
Se me lembrei disto foi porque suponho que o tal moralista deve achar que eu ponho para aqui uma tipas nuas só para chocar a malta, ou, não sei… ter mais visitantes?
 
Ao fim e ao cabo, acabei por até me sentir elogiado! Afinal de contas, se fiz com que alguém se desse ao trabalho de denunciar isto, então é porque estou a fazer um bom trabalho!
Um bom trabalho, sim! Porque se este blogue se dedicasse à divulgação gratuita de pornochanchada, eu ainda podia considerar lícita a denúncia, mas, cum caraças, todos os conteúdos com alguma nudez que aqui meti, tinham a nudez dentro de contexto. E ainda que não tivessem?
Moralistas… para esses fica mais uma frase do Luis Pacheco: “Puta que os pariu!”

Gaspar is in da house

Com a Torre de Belém em fundo, comecei a ouvir uma batida bem ritmada… tss-tum-tss-tum-tum-tum…
Olhei para ver de onde vinha, esperando ver algum aparato tecnológico. Quando vi o que é que o artista usava para fazer aquele som, quase me caía o queixo!
Com meia dúzia  de instrumentos, alguns deles improvisados, Gaspar, com muito boa disposição à mistura, consegue criar um ambiente sonoro espectacular!

Vamos ajudar o Sócrates?

Hoje, ao ler no CM a notícia de que o nosso Ex-Primeiro Ministro está a viver em Paris com gastos de cerca de 15.000 Euros por mês, fiquei triste…

Fiquei triste porque é uma vergonha!

É uma vergonha que o Senhor Engenheiro José Sócrates ande a fazer esta vida de pelintra lá pela França!!!

Vai daí, resolvi pôr mãos à obra e, para tentar ajudar o homem, criei uma página no Facebook.

Vamos ajudar o Sócrates a manter uma vida condigna em Paris

Vão até lá e façam like!

Vá lá!… É que se não fizerem um likezinho, o homem ainda fica com rugas…

Algures em Szczecin, na Polónia. Primas talvez?

Ontem, estava a passar os olhos pelo CM online quando dei com uma notícia que dava conta de uma rapariga que, algures em Szczecin, na Polónia, “em forma de protesto contra a utilização de energia nuclear na Polónia, […] exibiu um terceiro seio”.

Olhei para foto e fiquei a pensar “Espera lá! Eu conheço esta tipa de qualquer lado…”

Às tantas lá me lembrei. Esta miúda da manifestação deve ser prima daquela que nos anos 90 trabalhava num bar, em Marte, não me digam que não se lembram dela?

A T-Shirt da discórdia ou Hino da Juventude à Estupidez

O Cão Azul é uma pequena empresa que se dedica a fazer T-Shirts
As T-Shirts do Cão Azul têm sempre piadas. Piadas relativas a qualquer coisa: situações da vida política nacional, marcas, trocadilhos, etc.
A última dessas T-Shirts levantou algum sururu na página do Cão Azul no Facebook
A T-Shirt em questão mostra uma foca bebé que diz: Parem com a música do Michel Teló ou matem-me à paulada.
Eu acho que a T-Shirt tem muita piada. Acho mesmo que é uma das melhores T-Shirts que o Cão Azul já fez.
Em relação ao que alguns escreveram no Facebook, o que me chateia não é ver pessoas dizerem que Não tem piada. :/ ou De muito mau gosto e sem piada  ou mesmo Muito infeliz esta t-shirt 😦 São opiniões.
O que me chateia mesmo, é o pretenso moralismo de quem diz que não se brinca com uma coisa tão horrível ou Não acho bem fazer humor com um assunto tão sério
O pessoal do Cão Azul até acabou por sentir que tinha de se justificar e pôs um post a dizer: É a opinião desta pequena foca, não a nossa.
Estiveram bem. Infelizmente, muitos não vão perceber a ironia…
Eu no fundo, sinto pena. Pena destes jovens criticozinhos, que devem ser todos fãs do Michel Teló, porque coitados, a sua cultura musical não dá para mais…
Pena desses jovens, por não terem capacidade intelectual para perceberem humor negro.
Finalmente, pena desses jovens armados em “jovens conscientes preocupados com a matança das focas”, que nem se dão conta de que o que estão a fazer não é mais do que uma tentativa de CENSURA (encapotada com moralismo de trazer por casa) algo bem pior do que matar bichos à paulada!
Felizmente que também houve muitos que perceberam a piada da T-Shirt e deixaram frases de apoio!
Sinceramente, se já não há pachorra para aturar gente parva, então quando vêm com música de fundo aos berros e com refrões “Ai s’eu ti pego!”!!!… Alguém tem um pau que me empreste?

Comprar bilhetes de cinema online é fácil… e ser engrupido por nuestros hermanos também!

Aqui há uns dias, resolvi ir ver “O Artista”.
Tinha decidido ir ver o filme ao El Corte Inglês, por ser perto e por ter sessão à hora que pretendia.
Passou-me então pela cabeça que a sala podia esgotar entre o sair de casa e chegar ao cinema.
Como tinha estado a ver as salas e horários no computador, decidi comprar os bilhetes na bilheteira online.
Entrei no site e escolhi o filme, o que me levou a um primeiro ecrã onde verifiquei que a Sala em que estava o filme que ia ver era a Sala 14 e onde sou informado do Tipo de Entrada: Numerada.
Quando passo para o segundo ecrã…
afinal os lugares são “No numerado”. Bolas!…
OK, os lugares afinal não são numerados, vamos é ter de nos despachar…
…senão ainda sou capaz de ficar na primeira fila!!!
Neste ecrã dizem-me que o Preço do bilhete é de 5,60 € por bilhete.
Passo para o terceiro ecrã… e quando me pedem que comprove o preço e verifico que entretanto o preço subiu para 6,30 € por bilhete!
Então mas…???!!!… Mas que m… vem a ser esta?
Devem ser… bilhetes com Molho à Espanhola, disse.
Desliguei o computador e decidi: vamos mas é ao Monumental. Não estou para ter mais surpresas!
Paguei 6,50 € por cada bilhete, é verdade… mas ninguém me tinha prometido nada.

Lisbeth Salander

Quando me ofereceram a Trilogia Millennium, do Stieg Larsson, há cerca de dois anos atrás, olhei para os três calhamaços e pensei: estou feito!

Afinal, quando dei por mim estava a ler aquilo desenfreadamente… sempre a querer saber o que é que vai acontecer a seguir.

Qualquer um dos três livros nos impele a não parar de ler até chegar ao fim. Para isso contribui uma escrita de tal modo fluida que faz com que sintamos que estamos a ver um filme. Lemos e conseguimos “ver” as personagens, a maneira como falam, como se movem

O livro tem uma série de personagens muito bem construídas, onde se destaca a estranha e fascinante hacker / investigadora Lisbeth Salander

Lisbeth Salander é mais do que uma simples personagem: ela personifica um arquétipo contemporâneo do vingador solitário.

Com o seu ar de poucos amigos e uma (apenas) aparente fragilidade, Salander é a indomável lutadora que, segue o seu caminho, contra tudo e contra todos.

Sozinha, na maior parte do tempo, mas contando com o auxílio de uma (des)organizada rede de contactos cibernéticos, ela consegue ir derrotando, um a um, todos os que, até ao momento em que cruzam com ela, julgaram estar acima da Lei. 

Para além do que Salander é, e do que Salander faz, também é relevante a questão do seu aspecto físico.

À medida que vamos lendo, percebemos que é bonita, mas muito pouco convencional.


A começar pelo seu penteado, passando pela roupa e acabando nas tatuagens e piercings, tudo nela é, mais que rebeldia, a total indiferença pelo que os outros possam pensar.

Depois, para apimentar as coisas, Lisbeth tem uma amiga. Uma amiga muito especial. E mais tarde há o caso com o jornalista Mikael Blomkvist.

Não há como não sentir uma certa atracção pela Lisbeth Salander…

Por tudo isto, quando agora estreou o filme The girl with the Dragon Tatoo – Os Homens que odeiam as Mulheres – fiquei curioso em ver se o filme conseguiria estar à altura do livro.

Não me arrependi. São duas horas e meia de entretenimento puro! O filme tem bom ritmo, sem exageros “à americana” e embora haja alguns desvios do original, não são “problemáticos”.

O Daniel Craig faz um Blomkvist convincente e a personagem Lisbeth Salander, que facilmente poderia dar um boneco pouco credível, é excelentemente interpretada pela Rooney Mara.

O poster feito para a divulgação do filme na Grã-Bretanha não apareceu por cá…

Será que os americaines da Sony Pictures pensam que nós temos algum problema em ver mamas?