Bahram Gur… respect!

Há cerca de um mês, fui passear até à Gulbenkian. Havia por lá uma exposição temporária sobre Arte Islâmica e resolvi vê-la.

A dada altura, dei por mim a olhar para uma pequena mas interessante gravura.

A descrição da gravura dizia o seguinte: “Possível representação de Bahram Gur prestes a atropelar Azada, a sua concubina favorita, após esta supostamente o ter repreendido por matar uma gazela”.

Assim que li, resolvi fotografar, para evitar que alguém pudesse pensar que eu estava a inventar…

Olhei para aquilo um bocado e pensei, ora aí está, um tipo que sabia o que são prioridades…

Maria Luís Albuquerque mentiu

Nunca vou esquecer o momento em que ouvi esta senhora, que dá pelo nome de Maria Luís Albuquerque mentir, ao dizer, com toda a desfaçatez, numa conferência de imprensa, que o programa de rescisões para professores tinha fracassado “devido à fraca adesão dos professores”…

Isso mesmo pode ser lido num artigo de Luís Reis Ribeiro na Dinheiro Vivo, de 04.Dez.2015, como sendo uma afirmação da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental). E ainda por cima, era por causa da tal “fraca adesão” é que tinha havido derrapagem do défice!… Ainda gostava de saber quem é que compunha a tal UTAO quando este mito foi cozinhado…

Se isto fosse remotamente verdade, como é que explicaria que na realidade houve professores que se candidataram e a quem foi negado o programa devido a alegada falta de verbas(!)…

E eu acrescento… verbas essas que deixaram de estar disponíveis porque tinham sido gastas nos resgates dos bancos falidos!…

Quanto à “eficiência” desta senhora doutora, é só lembrar que, como nos diz o Paulo Morais (citado a partir do blog Portugal Glorioso): “[…] foi ministra das Finanças de Passos Coelho até 2015. Enquanto ministra, Maria Luís Albuquerque andou a comprar dívida cara. Assumiu depois um lugar na administração na privada Arrow Global, que se dedica à gestão de dívida de países”.

Lendo isto, fica-se com a sensação de que o ar austero e arrogante com que enfrenta jornalistas e adversários políticos, é afinal apenas uma fachada.

António de Albuquerque com a mulher, a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque FOTO: Luis Costa

Esta senhora é mais uma daquelas personagens que não dignifica, nem o seu Partido, nem a Assembleia da República.

E cuidado com o que se diz dela, porque ainda pode aparecer o marido carrancudo e oferecer porrada!…

A propósito do marido, falta dizer que era jornalista e foi dispensado pelo «Diário Económico», tendo sido, logo de seguida, contratado pela EDP, empresa na qual a responsável pela privatização foi… a ex-Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Vai um tipo na rua e, de repente, vêem coisas à memória

Lembro-me de, quando era miúdo e vivia em Bucelas, haver duas tascas onde, depois de almoço, era habitual ver dois ou três tipos deitados à porta, a apanhar sol.

Deitados a curtir a bebedeira. Aqui o curtir não tem a ver com a acepção moderna da palavra, mas sim com o seu sinónimo de ressaca. Suponho que este sinónimo venha da palavra curtimenta, que é o acto de curtir ou fermentar o mosto na barrica.

Aquilo era tão habitual que era tido como normal. Ninguém perdia muito tempo a meditar sobre as bebedeiras de meia dúzia de tipos cujo dia-a-dia era trabalhar no campo, de manhã, emborrachar-se à hora de almoço e dormir à porta da tasca da parte da tarde.

Imagino que os fins do dia de um tipo destes não deviam ser nada bonito de ser ver… e sei que, nalguns casos, quem realmente sustentava a casa, e o vício da bebida, era a mulher, trabalhando como mulher a dias ou qualquer coisa do género. Vidas duras.

Tudo isto vem a propósito de, há alguns dias, aqui em Lisboa, mais precisamente na zona de Alvalade, perto do Restaurante A Tigela, estar um tipo a dormir, deitado no chão.

O que me chamou a atenção, e me fez ter a certeza de que estava a dormir e não que tivesse tido algum AVC ou coisa do género, foi o par de sapatos, muito bem arrumadinhos, “aos pés da cama”. Afinal, há coisas que não mudaram assim tanto…

Saquei do telemóvel e fotografei o homem, tinha de o fazer, apesar de sentir o olhar de uma rapariga que passava e que, muito provavelmente, reprovou o meu acto.

Esse par de sapatos e o ar tranquilo do homem, transportaram-me para esses tempos de infância em Bucelas. Essa época em que eu via aqueles tipos a dormir ao Sol, mas queria lá saber disso!

Eu queria era brincar e andar de bicicleta. Ou passar uma manhã empoleirado numa nespereira a comer nêsperas! E sonhava acordado em ser astronauta.

Mal sabia eu que, um dia, aquilo tudo iriam ser pouco mais que distantes recordações, apesar de Lisboa ser tão perto.

E com esta conversa toda, deu-me vontade de ir abrir uma garrafa de vinho e “buer” um copo…

Don’t worry… be Happy

Gira, a miúda da capa! Chama-se Gigi Ringel.

A revista Happy woman do mês de Setembro deixou-me fascinado pela quantidade de interessantes artigos que, seguramente, poderão ajudar as Mulheres (com M maiúsculo) deste País a almejarem o sucesso.

Desde logo, o artigo “Líderes: O que os distingue dos outros”. É sempre importante sabermos se o nosso boss é um líder ou um simples chefe. E aconselhá-lo a mudar, caso verifique que ele se enquadra neste última categoria. E a seguir, mudar de emprego.

Por outro lado, o artigo “Contra o mau olhado: Aprenda a proteger-se das invejas e más energias” é também um must. Invejosas é o que não falta por aí, e os maus olhados dessas gajas não são coisa que se deva considerar de forma leviana!…

Até porque, para ajudar à festa, pode calhar que a leitora seja daquelas a quem se destina o artigo “Os meus amigos são uns filhos da puta”.

Mas se este artigo não ajudar, tem ainda aquele “Karma: Sabe qual é o seu? E como o ultrapassar?”. Depois de ler este artigo, fica prontinha para se livrar do mau karma que os filhos da puta dos seus amigos lhe trazem para casa!

Finalmente, caso seja uma estagiária, leia o artigo “Estágio: 50 erros a não cometer”, antes que faça uma das 50 merdas que não devia fazer! Leia com atenção para depois não vir dizer que foi por causa de um mau olhado ou do karma ou foi culpa dos seus amigos filhos da puta não ter sido contratada no fim do estágio…

Já agora, convém deixar claro que o artigo “Luxúria: Os Motéis de luxo a descobrir” não é para servir de guia para as estagiárias. Tão pouco o “Playbox: Desafios e jogos para sexo a dois”…

Fiquei comovido. O pessoal da Happy woman está a fazer muito pela Mulher Portuguesa. Não tarda nada e ganham mais que os homens…