A máquina do tempo (onde aparecem gajas nuas)

Um objecto que possuo e que prezo muito é uma daquelas máquinas fotográficas, a fingir, em plástico, na qual se costumam ver vistas de um sítio qualquer.

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Esta máquina era do meu pai e, seguramente deve ter passado pelas mãos do seu pai uma vez que, no fundo, aparece uma indicação de Berlin American Zone, pelo que terá sido adquirida, muito provavelmente, entre 1945 e 1949.

Foi sempre motivo de risota sugerir a alguém que desse uma olhadela à máquina, dizendo tratar-se de umas belas vistas de Fátima.

O que viam… era evidentemente outro tipo de vistas!P1000226a

Há pouco tempo, a máquina sofreu um “pequeno acidente”, e ficou feita em pedaços, sem colagem possível.

Um desses pedaços é um disco, do tamanho de uma moeda de 2 Euros, que contém os slides, cada um com 4 por 3 mm apenas. Nunca mais ninguém poderia ver aquelas belas fotos. Que tristeza!

microscopioAo olhar para o disco, com os minúsculos slides, ocorreu-me então que, com a ajuda de um pequeno microscópio digital que adquiri recentemente, eu poderia ampliar aquelas fotos directamente para o computador, a partir do disco da máquina. Melhor ainda… eu poderia partilhá-las!

Eis então, finalmente, o momento dos 15 minutos de fama (?) destas beldades do pós-guerra!!!

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A Pépa, os cortes do Alfaiate e o apagão da Samsung

O fenómeno (quase) viral do vídeo da Pépa Xavier fez com que eu fosse dar uma volta pelo mundo dos fashion bloggers portugueses.

E… o que é que eu aprendi com isso? Nada, acho. Mas tirei algumas conclusões.

Fiquei a perceber que há carradas, palletes, montes de blogues de moda. Em cada um desses blogues, há alguém a dar os seus bitaites sobre as últimas “tendências”, as “cores da estação”, os “trends”, o “urban style”, o que usar de dia e o que usar à noite… para estar in.

Umas vezes limitam-se a fazer corta-e-cola de fotos sacadas de sites das marcas e, outras vezes, mostram as suas próprias fatiotas (o que por vezes é bastante deprimente).

Em muitos deles dá-se graxa a marcas de cosméticos, falando numa côr nova de baton lançada pela marca tal, por exemplo, na esperança de receber umas amostras para continuar a falar da dita marca…

Quando se alcança alguma notoriedade, começam a chover as prendas: cosméticos, roupa, acessórios e por vezes até uma viagem paga às instalações da marca ou a um desfile de moda em Paris… o Eldorado dos fashion bloggers!!!

O mais incrível é que muitos destes blogs, mesmo os menos conhecidos (e alguns escritos em Português da 1ª Classe mal tirada), têm autênticas legiões de seguidores, como facilmente se constata pelo número de comentários de cada post. Malta que, à falta de melhor para fazer, vai até ali ver as tais sugestões e dicas, como quem folheia uma Marie Claire, uma Elle ou uma Vogue, mas à borla (pois tá claro), para saber o que devem ou não devem vestir…

candidatos-a-blog-of-the-yearNão digo que no meio desta parvoeira não haja alguns blogs com piada: A Pipoca Mais Doce – galardoada Best Fashion Blogger 2011! – tem alguns textos engraçados, há que dizê-lo. Mas a constante graxa aos “fornecedores” faz o blog parecer um cup-cake: muito colorido e… muito enjoativo!

O Alfaiate Lisboeta – também nomeado para os Best Fashion Bloggers – que já conheço há algum tempo, também tem, por vezes, textos razoáveis e as fotos são bastante boas, sempre da autoria do próprio e feitas na rua, a quem passa, o que lhe confere um valor especial.

No Alfaiate, gosto sobretudo do facto de não dar graxa a marcas, e de mostrar o que pessoas “reais” usam, com registos muito variados.

O lado negativo do Alfaiate, e não é de somenos importância – como já tive oportunidade de lho comunicar – é o seu autor, José Cabral, censurar alguns comentários, quando não gosta deles.  Basta que se diga sobre umas pantufas fashion – chamam-se “slippers”, aprendam – que aquilo é  “foleiro” para que o visto da censura ponha logo um traço azul. Não vá a coisa ofender… o “modelo”!

E com este aparte sobre os “cortes” do Alfaiate, volto ao vídeo da Pépa: então não é que a Samsung, por causa dos comentários negativos, resolveu apagar este vídeo, mais os outros todos, também protagonizados por bloggers, do YouTube?

Poderão argumentar que os vídeos “são deles”, logo os tipos da Samsung fazem deles o que quiserem. Mas suponham que em vez de vídeos se tratava de uma criação literária ou mesmo um filme? Retirar um livro das montras ou deixar de exibir certo filme, porque alguém se manifesta (10, 20, 500 ou até 1.000 pessoas) não é aceitar a Censura do público ou seja… Censurar tout court?

Talvez a Pépa Xavier até nem se importe muito: não há dúvida que a coisa lhe saiu mal e faz figura de tolinha no vídeo – apesar de se limitar a dizer, entre outras coisas, que tem um sonho, que é comprar uma mala Chanel – mas, e isso é o mais importante, será que vai ter fibra para se manifestar contra o apagão que a Samsung fez aos vídeos?

Duvido. Tal como duvido que alguém se lembre disto tudo daqui a uma semana…

———-  POST UPDATE – 15.Fev.2013  ——————————————————–

Reparei hoje (15.Fev.), por acaso, que o vídeo de Pepa foi “apagado” do YouTube (supostamento por violação de copyright… Yeah, right! digo eu). Fica aqui então de novo o vídeo que entretanto continua disponível no YouTube, noutro endereço.

A caixa das esmolas

Olhei várias vezes para esta fotografia, sem conseguir perceber porque é que ela me dava uma sensação de déjà vu.

Uma caixa de esmolas, com várias frinchas por onde meter o dinheiro, cada uma remetendo para um “destinatário”: Santíssimo Sacramento, Sagrado Coração de Jesus, São José, N.S.ª de Fátima, Sta. Luzia e Almas do Purgatório, mas, onde aparentemente, todo o dinheiro acaba junto.

Lembro-me de haver caixa de esmolas na Igreja onde ia quando era miúdo, mas aí a devoção a Santos, sem ser à Nossa Senhora, era só ao Anjo Custódio; não era daí que vinha o déjà vu, portanto!

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Hoje, ao olhar de novo para a fotografia, fez-se luz; ocorreram-me todas as “esmolas” que sou agora compelido a pagar, não por motivos de caridade ou beneficência, mas por imposição de quem tem muito maior autoridade que a Igreja: O Estado.

As frinchas da nossa actual e actualizada caixa de esmolas são o Imposto sobre Rendimento, a Segurança Social, o IMI, o Imposto de Circulação, o IVA, etc.

As “esmolas”, essas, tal como na antiga caixa de esmolas da Igreja, acabam também por se juntar num grande bolo, cuja divisão é depois feita, com todo o cuidado… pelos “mais necessitados”, banqueiros, por exemplo.

Considerações sobre anúncios em Português do Brasil e suas possíveis interpretações

Aqui há uns tempos, enviaram-nos uma foto de um anúncio à Sex Shop do Centro comercial Cruz de Pau que parecia uma charada. A frase do anúncio é:  “Um milhão… daria um jeitão!”

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Esclareceram-nos depois que milhão, em português do Brasil, quer dizer espiga de milho ou maçaroca. A mensagem do anúncio é portanto qualquer coisa como “Dava-te jeito ter uma grande maçaroca, não era?”

Passados uns dias dou por mim a olhar para este outro anúncio.

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Então pus-me a pensar (nem sempre dá bom resultado), qual será a mensagem que um brasileiro extrai deste anúncio do Totoloto que lhe diz que “Mais vale um milhão na mão”?

Será “Mais vale uma maçaroca na mão que as duas a abanar”?

Ou, sabendo de antemão que o que se vai comprar é quase sempre apenas o sonho de uma vida milionária:  “Queres cacau? Agarra-te ao pau!!!” ?

Como pôr texto com link para um site num comentário de um blog

html_para_totosAqui há uns tempos, reparei que muitos leitores do Alfaiate Lisboeta deixam por lá os endereços dos seus blogs nos comentários mas sem link para esses blogs.

Prometi  que lhes ensinava como é que se faz para que uma parte do texto de um comentário faça um link para um site.

O prometido é devido e por isso aí vai.

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Para mais informações, como por exemplo pôr uma parte do texto do comentário em bold, façam uma busca no google com a expressão html tags

Bom Ano!